Às
vezes na piscina, com dois copos vazios ao meu lado, fico surpreso com a
lembrança dos meus melhores amigos e com a falta de pronunciar seus nomes. Uma
prostituta atravessa a porta do banheiro, seu corpo molhado e nu me conforta. Lembro
da voz afetada saindo de sua boca bêbada, cuspindo em meu rosto o cheiro de
saudade. Ontem à noite menti, “eu te amo”
(até que chegue a-manhã), blefe! blefei por três vezes. Ainda amava aquela
desconhecida. Pão assado com ovos mexidos e para beber, bananada, tudo que a
puta sabia fazer. O cheiro era bom. Na primeira mordida sinto gosto de
cinzas. Leve o que ainda resta em minha carteira e pague o táxi de volta para
zona.
Muito bem escrito.. boa reflexão.
ResponderExcluirOlá :)
ResponderExcluirTão triste essa saudade, e solidão...
Beijinhos
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www.jehjeh.com
Muito bonito! Sério! Meio triste, mas um texto incrível!
ResponderExcluirParabéns pelo blog!
http://enricows.blogspot.com/
Nossa, muito bem escrito, você tem um talento, é fascinante. A realidade, chamar a mulher de puta, sem fazer com que ele pareça insensível, por que não passa de verdade. Seguindo, e voltarei mais vezes, eu realmente gostei do texto *-*
ResponderExcluirPerigosa essa zona.
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