terça-feira, 31 de janeiro de 2012

2 espaços vazios


Às vezes na piscina, com dois copos vazios ao meu lado, fico surpreso com a lembrança dos meus melhores amigos e com a falta de pronunciar seus nomes. Uma prostituta atravessa a porta do banheiro, seu corpo molhado e nu me conforta. Lembro da voz afetada saindo de sua boca bêbada, cuspindo em meu rosto o cheiro de saudade. Ontem à noite menti, “eu te amo” (até que chegue a-manhã), blefe! blefei por três vezes. Ainda amava aquela desconhecida. Pão assado com ovos mexidos e para beber, bananada, tudo que a puta sabia fazer. O cheiro era bom. Na primeira mordida sinto gosto de cinzas. Leve o que ainda resta em minha carteira e pague o táxi de volta para zona.


5 comentários:

  1. Muito bem escrito.. boa reflexão.

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  2. Olá :)

    Tão triste essa saudade, e solidão...

    Beijinhos

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    www.jehjeh.com

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  3. Muito bonito! Sério! Meio triste, mas um texto incrível!
    Parabéns pelo blog!
    http://enricows.blogspot.com/

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  4. Nossa, muito bem escrito, você tem um talento, é fascinante. A realidade, chamar a mulher de puta, sem fazer com que ele pareça insensível, por que não passa de verdade. Seguindo, e voltarei mais vezes, eu realmente gostei do texto *-*

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